Um Céu Estrelado "Um Berço de Bons Sentimentos"
Parecia apenas uma noite normal, mas de normal não tinha nada, certamente eles teriam um momento inesquecível, daquelas lembranças que a mente insiste em guardar até quando velhinhos. Da janela do seu quarto Alberto olhava fixo para o céu, ele era um observador nato, gostava de olhar as estrelas, isso acalmava ele por dentro, meio que ele se perdia na imensidão daquele amontoado de estrelas brilhantes, o silencio delas gritavam aos ouvidos dele, e o fazia pensar nas coisas da vida, no seus atos...
Alberto estava na bad, e teve a maior surpresa da sua noite, quando estava levantando da sua cadeira de frente a janela, ouviu barulho de algo... Sim, era o barulhos de pequenas pedrinhas tilintando na na janela que Pedro jogava da calçada de Alberto tentando chamar sua atenção.
- Alberto: O que você está fazendo ai a essa hora Pedro? Seu maluco...
- Pedro: Eu vim diretamente das trevas pra te fazer feliz. (Risos)
- Alberto: Se meus pais te pegarem aqui você está frito.
- Pedro: Desse logo seu frouxo, deixa de ser molenga, e vamos dá uma voltinha comigo pela cidade, quero te mostrar algo especial.
- Alberto: Tá, só um minuto, eu vou, aguarda um minuto.
Então Alberto pega seu casaco, e sai andando na pontinha dos pés, com cuidado pra não acordar seus pais, até chegar na calçada, onde Pedro estava esperando com um sorriso enorme. Alberto sobe na motocicleta, eles sai andando naquela madrugada, pela grande cidade, observando quase tudo, eles viram uns mendigos deitados na rua, viram os seguranças enfadados nas portas das boates, viram os jovens embriagados, viram as pessoas bebendo, viram de longe, sentado no banco da pracinha um jovem chorando sozinho, eles viram pessoas sorrindo, mas que pareciam vazias, eles viram pessoas querendo se encontrar...
Depois de um tempo andando, eles acabam chegando numa ponte, um pouco afastada da cidade, onde embaixo dela, havia uma pedras e bastante grama, a noite não estava nublada, e o céu estava tão perfeito que nem sei descrever tamanha perfeição, eram tantas estrelas brilhantes que quase chegavam a imitar o tamanho do brilho que saia dos olhos de Pedro olhando para Alberto.
- Pedro: Preparado?
- Alberto: Na verdade não, mas já que estou aqui sozinho com você nesse lugar deserto, acho que minha única opção é confiar em você.
- Pedro: Alberto deixa e ser cagão por favor, vamos me de sua mão, nós vamos descer esse aterro ali oh, naquelas gramas.
- Alberto: tá, tá, tá...
Foi ai que eles desceram aquele aterro, foram andando até chegar nas gramas, Pedro toma o casaco de Alberto e cobre o chão logo em seguida se deita, olhando feliz pro céu - Pedro: Você não vem deitar aqui? Vem logo por favor, seu cagão. Alberto então toma coragem e deita ali junto de Pedro, meio nervoso, Pedro estava tão feliz, que nem conseguia disfarçar, sorria tanto. Obs: Pedro tinha um sorriso lindo, e cá pra nós, Alberto sempre gostou dele, só que era muito leso, nem percebia que Pedro também gostava dele, Pedro, era ousado, determinado e estava disposto a acabar com aquele bloqueio, aquela incerteza daquele sentimento maluco que ambos sentiam.
- Alberto: Que lugar lindo Pedro, perigoso, porém lindo demais, traz paz.
- Pedro: Ta vendo molenga, como não foi tão ruim vim comigo aqui. (Risos)
Eles nem perceberam, mas estavam ali, os dois, deitados, lado a lado, bem próximos, eles se completavam, um se aconchegando no outro, que momento magico, então o ousado Pedro se senta, e levanta Alberto, em frente a ele, sempre sorrindo, com aquele sorrindo radiante, o coração de Alberto estava quase saindo pela boca, uma sentimento bom começava a pairar sobre eles, uma sensação boa ia fluindo, como fosse se ligando algo magico ali entre eles.
- Pedro: Olha eu vou fazer uma coisa, fica calmo, e se você não me dê uns socos eu posso repetir, fecha os olhos.
- Alberto: Tá certo, Pedro, seu maluco.
De olhos fechados Alberto sente nos seus lábios carnudos o toque mais esperado da sua vida, o beijo de Pedro, quando abrem os olhos, os dois estavam com sorrisos radiantes, então se abraçaram, forte.
- Pedro: Não vai me dá um soco?
- Alberto: É claro que não seu bobo.
- Pedro: Então posso continuar. (Risos)
Passaram horas ali, deitados naquela grama, debaixo daquela ponte, eles, os vaga-lumes, e o céu estrelado, sendo um para o outro berço de sentimentos bons.
Autor: João Marcos
Banheiro Imundo
Para todos era só mais uma noite normal de aula, mas não para aqueles dois no qual eu observava sentado ali naquele corredor onde quase não passava ninguém, eu ficava ali por conta da tomada onde podia recarregar meu celular, que sempre estava descarregado, daquele mesmo lugar se avistava a porta do w.c. masculino. Bom caro leitor, nessa história não espere um romance fofo, e singelo, hoje eu te convido a vê a história pelo meu ponto de vista. Acomode-se, preparados? Vamos lá...
Era quase oito e meia da noite, quando subiu o primeiro deles, era moreno, alto, cabelos crespos, escuros, olhar profundo, parecia nervoso, mas estava disposto a loucura que iria cometer naquela noite, então se pós escorado na parede que dava pra ver o interior da escola, onde se avistava os bancos e umas poucas plantas, e dava pra ver direitinho a porta do banheiro, quando de repente ele vê o "Amigo" subindo as escadas, o outro era branco, cabelos lisos e claros, não tão alto, não parecia nervoso, também se escorou na parede e em um gesto natural, colocou sua mão clara sobre a mão escura e suada do seu amor, mas sempre olhando pros lados, com medo de alguém ver.
- Moreno: Estou meio nervoso, não sei se é o certo, não é o ambiente certo, eu queria que nossa primeira vez fosse em um lugar especial, sabe...
- Branquinho: Você não confia em mim?
- Moreno: Confio, mas sei lá...
- Branquinho: Olha aqui, não pensa muito, só tenta sentir sensações do seu corpo, relaxa, e deixa as coisas acontecerem naturalmente.
- Moreno: Mas é o banheiro da escola Branquinho, eu tenho medo, e de descobrirem? E se a gente for expulso por isso?
- Branquinho: Você sabe que a maioria dos meninos pegam as menininhas aqui, nesses banheiros, e não dá em nada, então estamos no nosso direito. (Risos sarcásticos)
Então Branquinho enfia a mão no bolso e pega a chave do banheiro, eles olham pros lados, e um súbito minuto perdido no tempo eles abrem a porta do banheiro e entram rapidamente, quanta coragem, quanta ousadia daqueles dois. Boa parte do banheiro estava inundado, tinha um balção de mármore, onde eles depositaram as mochilas, e na outra repartição uma privara entupida, do lado em que eles estavam tinha um chuveiro pingando, as paredes eram escuras, o clima estava tenso, era uma sensação única, só quem passa sabe.
- Branquinho: Estou aqui moreno, pronto pra ser seu, eu quero você, agora...
Então o Moreno tirou o tênis, e saiu andando naquele chão molhado até seu amado, quebrando os tabus postos por ele mesmo, seu olhar estava tenso e feliz, ele então chega frente a frente do seu amado, olho a olho, boca a boca, eles vão se aproximando, cada vez mais perto, até que suas bocas se tocam, e vão se beijando, sentindo tudo, cada pulsação dos seus corações acelerados, então tiram as camisas, agora ele pele com pele, suor com suor, alma com alma, o desejo e a emoção iam tomando de conta de cada centímetro daquele lugar horrendo...
Branquinho então tira toda a roupa e se deita no chão, o Moreno já totalmente excitado, deita por cima do seu amado e começa a passar as mãos por aquele corpo branco, quente, único, a sensação jamais presenciada por ele, mas que ele com certeza iria querer bis, foram horas ali, se tocando, se sentindo, se descobrindo, se conhecendo, já estavam completamente suados, mas continuavam ali, no chão, daquele banheiro imundo, perplexos, imóveis, tentando aproveitar e prolongar cada segundo daquele momento único que ambos estavam vivendo, longe de todos, de tudo e todos que impediam deles se amar como realmente eles queriam, de ser eles mesmos, todo mundo no fundo só quer um pouco de liberdade, liberdade para ser quem realmente é.
Depois do sexo eles tomaram banho, demorado banho, ainda se curtindo e se amassando, logo depois se vestiram, e ficaram ali abraçados, era evidente que eles não queriam sair dali e ter que enfrentar toda essa sociedade hipócrita, de conceitos atrasos e distorcidos para melhoria apenas de uma parte, aquele banheiro sujo passaria a ser o refúgio de um amor puro, mas reprimido por pensamentos pequenos maldosos, iria florescer ali, nas 4 paredes daquele banheiro um amor devastador.
Então, eles se colocam postos a porta para ouvir se não passava ninguém naquele momento para eles pudessem sair, não ouvem nada, devagar e silenciosos giram a chave na maçaneta da porta até abrir, o Branquinho pega na mão do seu amado, abre a porta, verifica novamente se não vê ninguém e sai, fecha porta, e sai andando no corredor felizes, de mão dadas, os cabelos ainda pingando, as roupas estavam um pouco molhadas e amarrotadas, eles se olham novamente.
- Moreno: Você está arrependido? Por que eu não, foi maravilhoso.
- Branquinho: Vai ter mais vezes, eu espero. (Risos)
Eles permaneceram de mão dadas até quase o fim naquele corredor meio escuro, então um olha para outro e pergunta, - Preparado? - Sim, Vamos contar até três: Um, dois, três, pronto, então eles soltam as mãos, e saem andando, juntos, conversando e rindo, lado a lado...
Autor: João Marcos