sábado, 10 de março de 2018

Um Céu Estrelado "Um Berço de Bons Sentimentos" 


     Parecia apenas uma noite normal, mas de normal não tinha nada, certamente eles teriam um momento inesquecível, daquelas lembranças que a mente insiste em guardar até quando velhinhos. Da janela do seu quarto Alberto olhava fixo para o céu, ele era um observador nato, gostava de olhar as estrelas, isso acalmava ele por dentro, meio que ele se perdia na imensidão daquele amontoado de estrelas brilhantes, o silencio delas gritavam aos ouvidos dele, e o fazia pensar nas coisas da vida, no seus atos... 
   Alberto estava na bad, e teve a maior surpresa da sua noite, quando estava levantando da sua cadeira de frente a janela, ouviu barulho de algo... Sim, era o barulhos de pequenas pedrinhas tilintando na na janela que Pedro jogava da calçada de Alberto tentando chamar sua atenção. 
 - Alberto: O que você está fazendo ai a essa hora Pedro? Seu maluco... 
- Pedro: Eu vim diretamente das trevas pra te fazer feliz. (Risos) 
- Alberto: Se meus pais te pegarem aqui você está frito. 
- Pedro: Desse logo seu frouxo, deixa de ser molenga, e vamos dá uma voltinha comigo pela cidade, quero te mostrar algo especial. 
- Alberto: Tá, só um minuto, eu vou, aguarda um minuto. 
   Então Alberto pega seu casaco, e sai andando na pontinha dos pés, com cuidado pra não acordar seus pais, até chegar na calçada, onde Pedro estava esperando com um sorriso enorme. Alberto sobe na motocicleta,  eles sai andando naquela madrugada, pela grande cidade, observando quase tudo, eles viram uns mendigos deitados na rua, viram os seguranças enfadados nas portas das boates, viram os jovens embriagados, viram as pessoas bebendo, viram de longe, sentado no banco da pracinha um jovem chorando sozinho,  eles viram pessoas sorrindo, mas que pareciam vazias, eles viram pessoas querendo se encontrar...
   Depois de um tempo andando, eles acabam chegando numa ponte, um pouco afastada da cidade, onde embaixo dela, havia uma pedras e bastante grama, a noite não estava nublada, e o céu estava tão perfeito que nem sei descrever tamanha perfeição, eram tantas estrelas brilhantes que quase chegavam a imitar o tamanho do brilho que saia dos olhos de Pedro olhando para Alberto. 
- Pedro: Preparado? 
- Alberto: Na verdade não, mas já que estou aqui sozinho com você nesse lugar deserto, acho que minha única opção é confiar em você. 
- Pedro: Alberto deixa e ser cagão por favor, vamos me de sua mão, nós vamos descer esse aterro ali oh, naquelas gramas.
- Alberto: tá, tá, tá...
   Foi ai que eles desceram aquele aterro, foram andando até chegar nas gramas, Pedro toma o casaco de Alberto e cobre o chão logo em seguida se deita, olhando feliz pro céu - Pedro: Você não vem deitar aqui? Vem logo por favor, seu cagão. Alberto então toma coragem e deita ali junto de Pedro,  meio nervoso, Pedro estava tão feliz, que nem conseguia disfarçar, sorria tanto. Obs: Pedro tinha um sorriso lindo, e cá pra nós, Alberto sempre gostou dele, só que era muito leso, nem percebia que Pedro também gostava dele, Pedro, era ousado, determinado e estava disposto a acabar com aquele bloqueio, aquela incerteza daquele sentimento maluco que ambos sentiam. 
- Alberto: Que lugar lindo Pedro, perigoso, porém lindo demais, traz paz. 
- Pedro: Ta vendo molenga, como não foi tão ruim vim comigo aqui. (Risos) 
    Eles nem perceberam, mas estavam ali, os dois, deitados, lado a lado, bem próximos, eles se completavam, um se aconchegando no outro, que momento magico, então o ousado Pedro se senta, e levanta Alberto, em frente a ele, sempre sorrindo, com aquele sorrindo radiante, o coração de Alberto estava quase saindo pela boca, uma sentimento bom começava a pairar sobre eles, uma sensação boa ia fluindo,  como fosse se ligando algo magico ali entre eles. 
- Pedro: Olha eu vou fazer uma coisa, fica calmo, e se você não me dê uns socos eu posso repetir, fecha os olhos. 
- Alberto: Tá certo, Pedro, seu maluco. 
   De olhos fechados Alberto sente nos seus lábios carnudos o toque mais esperado da sua vida, o beijo de Pedro, quando abrem os olhos, os dois estavam com sorrisos radiantes, então se abraçaram, forte.
 - Pedro: Não vai me dá um soco?
- Alberto: É claro que não seu bobo.
- Pedro: Então posso continuar. (Risos) 
   Passaram horas ali, deitados naquela grama, debaixo daquela ponte, eles, os vaga-lumes, e o céu estrelado, sendo um para o outro berço de sentimentos bons. 
Autor: João Marcos 




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