Pane
Escrevo por que a vida é bruta, calculista, padronista, cheia de modelos fascistas empurrados goela a baixo de uma sociedade alienada, misógina, moralista.
Muitos morrem ao acaso, abandonados, enquanto as grandes influencias usam em luxuosos templos, o nome do Bom Samaritano, para usufruir por meio da canalhice, bens, alimentando seu ego gordo, ser de mente conturbada, pervertida.
Escrevo por que meus bolsos pesam, meus olhos ardem, minha boca sangra, meu peito doe, e meus pés estão cansados. Ai você me pergunta: Cansado de que meu caro escritor? Eu to cansado, exausto mesmo, a fadiga toma de conta de todos os meus poros, cansado de seguir o caminho da sangria, de seguir o sistema que só causa dor, os males de um sistema opressor.
Escrevo para não sufocar a alma, que anda muda, desanimada, mas atenta aos dedos apontados, com uma imensa vontade de gritar no meio da cara da sociedade, Pane. Pane. Pane no Sistema. Sistema. Pane no Sistema. Alguém me desconfigurou.
Autor: João Marcos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir2018 20:26
ResponderExcluirO que dizer desse texto? Lendo-o 3x me vi a frente de uma crônica narrativa que denuncia o sistema que devora nossa vida cotidiana.
👏🏽👏🏽
ResponderExcluirque belo texto, uma pane de pensamentos nos atordoa todos os dias
ResponderExcluirMuito bom!
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