Assassinato 

   Foi inesperado, eu juro, eu juro que foi, se eu soubesse que ao  descer as escadas ia me deparar com você com certeza procuraria outra rota... percebi que está bem, já superou tudo que aconteceu conosco, eu sou eu sou ingênuo mesmo, é claro que vocês esta bem, você nunca sentiu nada de verdade. Eu fui apenas um brinquedo velho, que você usou e abusou, brincou, machucou, e foi embora como se nada tivesse acontecido.
   Se as pessoas tivessem há consciência de quanto suas atitudes inusitadas nos machucam, de que suas palavras mal ditas fere como tiro a queima roupa, se elas soubesse o que é consciência tínhamos um mundo bem melhor. Brincar com o sentimento alheio é o ato mais covarde que alguém pode exercer. 
   Você apunhalou uma faca bem no meio do meu peito, com uma diferença, você me apunhalou devagar, sentindo cada centímetro da faca entrar nas entranhas do meu coração, sentindo meu sangue com DNA de amor escorrendo em suas mãos, e quando a faca estava bem cravada em meu peito e eu já não conseguia viver sem você,  com uma força enorme, enorme, senti que de uma unica vez você a retirou do meu peito, deixando em meu coração uma enorme vala, que agora séria preenchida de mágoas, rancor, incertezas, medos, tristezas... Acha mesmo que eu merecia isso? Que coração covarde esse, sua assassina... 
Autor: João Marcos